Olá Afrodite,
Meu nome é Gabriela tenho 25 anos e sou casada há dois anos. Sou fonoaudióloga e sempre sonhei em ser mãe. No dia 13 de março de 2009 descobri que esperava o meu primeiro bebê. Foi um misto de alegria e angústia. O medo de não dar conta da nova responsabilidade era grande, mas o desejo de ser mãe era ainda maior e daí comecei a sonhar.
Infelizmente meu sonho durou apenas 11 dias, pois no dia 23 de março de 2009, comecei a sentir cólicas e tive um sangramento. Fui à obstetra saber o que estava acontecendo, e ela solicitou um ultra-som. Aquele momento foi mágico, eu estava ali diante do meu filho, que crescia dentro de mim. Meu corpo tremia, minha mão soava, eu sorria e chorava ao ouvir pela primeira e última vez o coração do meu filho bater.
A médica me tranquilizou afirmando que estava tudo bem e recomendou repouso. Voltei para casa e passei o dia deitada, à noite por volta das 20:00 h, as cólicas aumentaram, comecei então a sentir contrações de 5 em 5 minutos, minha razão sabia que ele ia embora, mas meu coração esperava um milagre. Fui ao banheiro e senti algo estranho saindo de mim, quando olhei vi que era o meu bebê que estava morto. Naquele momento não sabia o que fazer. Eu gritava a Deus por um milagre, e perguntava o por que.
Tive todo o apoio da minha mãe e do meu esposo. Mas em meio aquele desespero eu entendia que naquele momento meu filho tinha sido apenas um sonho que não se realizou.
De março a novembro tive que enfrentar muitas adversidades, mas nenhuma delas foi maior que a perda dele e confesso que ainda choro. Passado alguns meses do acontecido comecei a suspeitar que estava grávida novamente, pois, sentia dores nos seios e percebi que estavam aumentando. Resolvi que não faria o exame e que esperaria a barriga crescer. Só que meus planos não deram certo, pois no dia 23 de novembro tive novamente um sangramento, não sabia se era menstruação ou outro aborto. Fui imediatamente fazer o exame de sangue e o resultado era o que já vinha desconfiando: + POSITIVO.
Fiquei radiante, porém senti mais medo ainda, a pergunta não sai da minha cabeça: Será que vou passar por tudo novamente?
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